domingo, 30 de outubro de 2016

Poema 155

Segura minha mão quando formos atravessar a rua 
Me abraça por trás quando eu estiver lavando a louça 
Me diz que eu sou linda não só quando estiver nua 
Mas também me faz querer arrancar minha roupa 
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Decora meu sabor favorito de sorvete 
Do mesmo modo que eu sei como você gosta do café 
Verbaliza coisas que você pensa sobre a gente 
Fala sobre tudo e acorda minha fé 
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Aperta minha cintura em várias ocasiões 
E olha pra mim desse jeito que cê faz
Acalma meu choro e minhas ilusões 
De todas as maneiras, me satisfaz 

sábado, 29 de outubro de 2016

Poema 154

Quero apertar sua mão até sentir meus dedos doerem 
Te abraçar no escuro e ouvir você existindo 
Sentir cada toque da sua pele ardente
Deixar que você me abrace por momentos infinitos 
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Eu quero ter você quando eu tiver pesadelos
Porque você sempre sabe o que fazer 
Sua presença nessas crises infernais  que tenho 
Eu desabo e você consegue me reerguer 
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Odeio a distância que existe entre nós 
Parece um sonho que nunca foi real 
Tudo que eu quero é ouvir de perto sua voz 
Quero viver com a tua ajuda pra  espantar o mal 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Poema 153

Você tem um lugar em mim 
Não onde eu abri espaço 
Você arrumou um canto só pra si 
Dentro de todo esse embaraço 
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Eu poderia viver no seu colo 
Na verdade é o meu único desejo 
Sem você eu tento resistir ao choro 
É difícil quando penso no teu beijo
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Como eu tiro essa dor da saudade 
Quando você está em cada lampejo?
Como eu sobrevivo com a verdade 
Que é sofrer ao pensar no teu cheiro? 

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Poema 152

Ninguém faz ideia do quanto luto 
Essa batalha pessoal que me desgasta 
Continuando mesmo sem sequer um rumo 
E resistindo ao corte da navalha 
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Quando os demônios me visitam 
Eu me acanho dentro de mim
Peço que me não de deixem aflita
Mas a guerra continua sem fim 
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E muitas noites ainda chorarei 
Sem entender a falta da paz 
Quando acabar eu apenas sobreviverei 
Quem sabe isso me satisfaz 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Poema 151

Quando tento me descrever minha mente cria um vácuo 
Não é tão fácil quanto falar de outra pessoa
Eu paro na palavra louca e dela não saio 
Ela tem conotações como nenhuma outra 
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No dia a dia eu resgato essa pequena coisa interna 
Essa chama que não apaga nunca 
Ela me mostra que minha vida vale a pena 
Que ainda há algo de onde sou oriunda 
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Se me vestir de louca é a solução 
Eu não me incomodo de ser taxada 
Só eu conheço a minha confusão 
E o saber é mais forte que o nada

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Poema 150

I miss him more often than I take breaths in a day
If only a broken heart can be fixed, he'd know how
All I wish is to feel his smell and touch his hair again
But I'm lost between the future, the pass and now
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Nothing can feel this void inside of me
I get people all around trying to get the part of me that's good
But his blank space belongs to him only
And that part exists because he makes me feel pure
---
I don't even have words to discuss
Because you can't argue with someone like that
Someone that holds you when your life is a blur
Someone that sees the faith in you and shows you your path

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Poema 149

Hoje eu chorei junto com a noite 
Que trouxe uma longa chuva de primavera 
Eu me pergunto se ainda sou forte 
Se há como continuar nessa mazela 
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Não é simples quando você sucumbe feito água 
Quando não se é um rio, mas uma cachoeira 
Cada sensação te pesa na alma 
Você sabe que em tudo se põe por inteira 
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Eu posso me distrair com os aromas desse ciclo 
Sejam os que vem do céu ou até os meus 
Mas de alguma forma sempre me repito 
Assim como hoje quando escureceu 

domingo, 23 de outubro de 2016

Poema 148

Quase me esqueço de escrever alguns dias 
Não é por falta de saudade ou dor 
É que às vezes tento fugir dessa agonia 
Desse sofrimento que me engole sem pudor 
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Tenho tanto amor quanto angústia aqui dentro 
Eu tento correr e fugir mas sempre os encaro
Eu nunca fujo desses sentimentos 
Mesmo que viva sem sequer um amparo 
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Sempre que luto é uma batalha perdida 
Eu não consigo deixar os fantasmas pra trás 
Até quando venço e me torno produtiva
Eles voltam e como sempre roubam minha paz 

sábado, 22 de outubro de 2016

Poema 147

Eu sentia seu calor quando nossas peles se encontravam 
Nossos corpos traduziam o desejo 
O meu sempre frio com você se acalmava 
Nossas noites eram terapia regada à beijos 
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Sinto muito tua falta até agora 
Mas as despedidas me deixaram sem chão 
Tinha a sensação que minha alma rasgara 
Eu perdi você mas também perdi a noção 
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Tive você por menos do que precisava 
Meu corpo se revoltou diante desse fato 
Eu tinha abrigo enquanto chorava 
E então não havia mais nem o tato 
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Tem ficado difícil lembrar de cada detalhe 
Do seu corpo, voz e palavras 
Não sei se ainda peço que me salve 
Mas no momento eu só queria ser abraçada 

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Poema 146

Me toca como uma roupa nova 
Me tira do armário com cuidado 
Me veste no corpo e roda 
Admira como em você eu me encaixo 
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Me tira desse caos que eu chamo de vida 
Me leva pra qualquer lugar que seja contigo 
Eu estou sempre tão aflita 
Sozinha caçando um abrigo 
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Me ama independente da lacuna 
Além das noites e pessoas 
Pois eu o faço com tanta fervura
Que quase me sinto boa 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Poema 145

Pele 
Um toque em meio à angústia 
Sede 
Um beijo por sobre a lágrima 
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Colo
Me aperto querendo grudar em ti 
Calor 
Você segura meu coração 
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Companhia 
Suas palavras acalmam meu mostro
Vontade 
Eu nunca deveria ter te soltado 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Poema 144

Eu conheci tua mente antes do teu corpo 
Posso afirmar que é a melhor coisa que me aconteceu 
Você tomou meu peito pra si todo 
Tua luz brilhou e o resto escureceu 
---
Eu tive certeza quando menti 
Você já tinha seu espaço dentro do meu ser 
Não que eu esperasse isso quando me abri 
Mas você o fez do seu jeito leve sem eu perceber 
---
Eu sinto tua falta a todo momento 
Como se teu lugar fosse comigo e não em qualquer outro lugar
Eu não sei formas de aliviar o tormento 
Mas ainda me sinto tua mesmo quando a saudade me faz chorar 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Poema 143

Não sei me acalentar sozinha 
Não sou suficiente sem um apoio
Passo noites me esgueirando dessa linha 
O doce e amargo limite do consolo
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Parei de buscar meu abrigo 
E tomo cuidado com quem sabe de mim 
Eu passei muito tempo presa nesse limbo 
De esperar ajuda e não ter força de resistir 
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Mas ressurjo novamente todas as manhãs 
E mesmo que forçando, eu sorrio 
É difícil lidar com uma pessoa que não é sã
Ainda mais quando ela conhece seus conflitos 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Poema 142

Me amedronta a possibilidade da lembrança 
Do desgaste nos causar separação 
De me tornar não mais que uma sombra 
Que durante os dias você espanta em negação 
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Eu sei que você não mudaria de rádio no caminho 
Quando tocasse uma das que eu sempre cantava 
Apesar de ainda doer você sorriria sozinho 
Lutando para ter prazer em voltar pra casa 
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Os seus braços não seriam mais meu abrigo 
Nem nossos toques explodiriam de sintonia 
Depois de anos eu te chamaria apenas de amigo 
Pois não teríamos contato para evitar faísca
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Eu vivo agarrada às nossas memórias 
Portanto não seria tão difícil como falo
Espero que não tenhamos fim na nossa história 
Pois eu não sei lidar com a vida sem o teu colo 

domingo, 16 de outubro de 2016

Poema 141

Ame-me pelo que não aparento
Pela marca do sol que o óculos deixou em meu rosto 
Pelas noites de pesadelo e tormento 
Pelo fato de eu ainda continuar com o meu esforço 
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Ama minha pele, meu cheiro e meu ser 
Minha voz oculta dos poemas diários 
Minha capacidade de sorrir e sofrer 
Minhas vontades e desejo ardentes e lendários
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Ama o que eu não consigo enxergar 
As sardas, a capacidade, a força 
O modo como me dedico sem hesitar 
O jeito que te encanta de gata à onça 
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Por fim ama o que eu também amo 
O outro acima do tempo e lonjura 
Diz-me que não há nenhum engano 
Que eu encontrei paz nessa loucura

sábado, 15 de outubro de 2016

Poema 140

Esse amor que explode do meu peito 
Teu lugar na cama vazio 
Essa saudade que não me dá sossego 
Minha vida que eu seguro por um fio 
---
Tenho toda minha fé nesse laço 
Me mantenho viva pensando em você 
Analisando os próximos passos 
Que preciso dar para poder te ter 
---
Meu coração aperta só de lembrar 
Dos dias juntos e dos sonhados 
Às vezes choro querendo te encontrar 
Mas espero pra poder te ter ao lado 

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Poema 139

Vale mais se sentir forte do que realmente ser 
Esboçar um sorriso mesmo com a alma machucada 
Buscar sempre o que te oferece prazer 
Tomando cuidado com pessoas amargas 
---
Das pequenas felicidades diárias 
A maior é não me sentir sozinha 
Posso estar à mim mesma contrária 
Mas há essa paz de ser somente minha 
---
Estou quase no topo da montanha russa 
Que pode simplesmente desligar e cair 
Então lembro que não há desculpa 
Que me faça de novo desistir

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Poema 138

Me tornei uma compilação de erros e acertos 
Sou o que sou e não o que sofri
Mesmo vivendo com um certo aperto no peito 
Resisto e sobrevivo sem fugir 
---
Eu vou perder o controle algumas vezes 
Como quando bati carros por nervosismo 
Mas cá estou ainda sorridente 
Superando expectativas e vícios 
---
Não me moldo nesse mundo 
Cada conquista pessoal é dramática
Porém respiro e no outro dia acordo 
De um pesadelo que me deixou nostálgica 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Poema 137

De quando em quando eu me doo demais 
Mais do que o aceitável e ainda além do meu permitido 
Às vezes me esgotar me satisfaz 
E em outras eu só sinto que o esforço foi perdido 
---
Tento me afastar do que me suga 
Acabo voltando por própria vontade 
É complicado quando o ambiente não ajuda 
Mais ainda, quando mentir é uma catástrofe 
---
Eu posso ficar triste por vários dias 
E nada volta ao que era antes 
Hoje eu consigo resistir à agonia 
Então não me importa se não foi suficiente 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Poema 136

Ele anestesia meu ser feito Rivotril 
O ansiolítico que me apaga nos momentos difíceis 
Em que mesmo sua voz soa como apenas um fio
Uma linha me lembrando de viver pelos teus resquícios
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Quando ele se foi meu corpo se revoltou 
Minha cabeça não sabia como processar 
E hoje quando me diz que de saudade chorou
O peito aperta só de imaginar 
---
Em breve eu o terei novamente 
Mas ainda não posso fugir de pensar 
Será de novo a tua pele quente?
Pois eu prefiro o toque às palavras a me acalmar

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Poema 135

Eu paguei um alto preço por ser sensível 
Por viver minhas emoções com fervor 
Então eu descobri que esse poder é incrível 
E pode me salvar dum mundo sem amor 
---
No começo eu até tinha pudor 
Em mostrar a empatia em mim 
Mas depois percebi que sem rancor
Eu posso viver mais feliz 
---
Ainda sofro com quem não se esforça 
Quem não aprende a ver de outra perspectiva
Talvez seja isso que me dê força 
Enxergar com olhos dos outros a minha vida 

domingo, 9 de outubro de 2016

Poema 134

Você se lembra do cheiro da minha pele? 
Como nossos corpos geram uma descarga de energia 
Como meu toque nunca é breve
E como apesar do desencontro temos sintonia?
---
Queria que lembrasse de mim como o faço com você 
Automaticamente o tempo todo 
E quem sabe a saudade pudesse um pouco ceder 
Um espaço pro amor nesse peito frouxo
---
É difícil cada dia sem ter o seu contato 
Ao mesmo tempo te amar mais a cada lembrança 
Nunca soube bem o significado de espaço 
Até vivê-lo entre nós com essa distância 

sábado, 8 de outubro de 2016

Poema 133

I usually undress in my own clothes 
By letting people know my history 
I'm not worried that I may be exposed 
Because I found relief in sharing memories 
---
I hardly discovered that I'm not any of the traumas 
I know now I'm bigger than the pain 
And even though sometimes I fell in a coma 
I'm aware of the essence that still remains 
---
It's not a problem to walk with fear 
It's terrible not to walk at all 
I know I've been stumbling through the years 
But at least my feet have always touched the ground 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Poema 132

Renasço periodicamente 
Tenho algo dentro de mim que resiste 
Mas a cada manhã, na minha mente 
É a sua figura que persiste 
---
Dessa estrada que eu segui 
Ainda lembro de muita coisa 
De algum modo eu sobrevivi 
E posso dizer que ainda tenho força 
---
Então é dia e eu posso sorrir 
Porque tua voz me protege 
E mesmo que não esteja aqui 
Eu sinto no imaginário tua pele 

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Poema 131

Tell me something I don't know 
Like how my sights are all funny 
And how you feel when you need to be strong
Because sometimes I just feel ugly 
---
Bring me back to the passion we've had 
It's been so long I don't feel it anymore 
I wish I could only see the path 
That leads to you and back home 
---
I'm sorry for being such a mess 
But I think I finally know my essence 
I'll have to take step by step 
Be sure to keep up next to me 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Poema 130

I don't mind being your mission
Because I know that with I have a chance
And although my life has been vicious
I'm glad you help me find who I am
---
I miss our little talks in the morning
The way you hold me was unforgettable
And even though I feel like mourning
I still hope someday I'll have you
---
When I wanna disappear and give up
You always have words to calm me down
I just miss you so much it hurts
I wish you could hold me and not talk at all

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Poema 129

I want you to cum all over me
Fill my void with parts of you 
Treat me like I should be 
In that way only you do 
---
I want to rest my broken heart
On your cinnamon smell 
Forget about the life that's hard 
And love you like you've never felt 
---
I want the softness of your care 
But also the way your tongue hits me 
I know that somehow you're aware 
Of my strange and different needs 
---
I want to be a part of your life 
The part that puts a smile on your face 
I'm sorry if this may be unkind 
But you're my only possible scape 

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Poema 128

Meus pensamentos tomam rumos desconhecidos
Eu posso agir como se não quisesse enfrentar 
Não encontro maneiras de fugir do abismo 
Mas no fim do caminho eu sei que você está lá 
---
As esperanças foram perdidas há algum tempo 
Eu me torturo só de pensar 
De algum modo você alivia o tormento 
E eu sei que no fim do caminho você está lá 
---
Eu sobrevivo ao mundo sozinha 
E encontro forças para continuar 
Pois mesmo que a realidade seja sombria
No fim do caminho eu sei que você está lá 

domingo, 2 de outubro de 2016

Poema 127

Decorei o caminho que meus dedos faziam no seu peito
Enquanto você tentava me acalmar do choro 
E agora quando nas crises eu me deito 
O seu espaço na cama me deixa sem consolo 
---
Você me surpreende com seu jeito de me cuidar 
Porque eu não consigo pensar nessas horas 
E você aprendeu sozinho como abrandar 
Essa coisa que na minha cabeça mora 
---
Quero que chegue logo o dia 
Em que no teu abraço eu me recupere 
Por hoje eu tenho só a agonia 
E as lembranças do teu cheiro e tua pele 

sábado, 1 de outubro de 2016

Poema 126

Ela me pulsa e me arranca da sanidade
Eu cheguei ao ponto da exaustão 
Enquanto me suga e me tira da realidade 
Eu choro e peço perdão 
---
Os pesadelos parecem mais leves 
Que essa angústia que nunca termina 
Meu corpo sofre com o que ela fere 
De dentro pra fora ela me domina 
---
Se existe um caminho eu já o perdi 
Ou estou tão cega a ponto de não ver 
De não conseguir ajuda nem refletir 
Que talvez eu ainda consiga viver