domingo, 11 de agosto de 2019

Poema 225

Abdico lenta e parcialmente das partes externas que me definem 
Das coisas que usamos no corpo para mostrar ao mundo nossa identidade 
Com você sou apenas eu no sentido mais profundo e nu
Ao seu lado não há um pedaço de mim que se esconda em discurso e postura
Viajo em cada momento longo e sensorial
Decoro suas pintas e histórias detalhadas
Um lugar atrás do meu coração se acalma e agita ao mesmo tempo 
Cada vez que lembro que nós somos corajosos 
Com o sol nascendo vejo já chegar a saudade
Eu realmente sinto falta da fenda espaço-temporal que lhe falei 
Você me causa sentimentos que eu desconhecia 
E doce é a pele, o café e a companhia